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A Breve Saga do Apêndice de Zeca Oreba




Por Daguma

Na quarta-feira fizemos sarau na escola São José onde Zeca recitou Patativa e tocou "Yesterday" na gaita de boca. Há dias ele falava que queria comer pizza...

Depois que desarmamos o circo (sarau) e guardamos tudo que tinha de ser guardado nos altos da casa da Shirlene, Bia, Lana, Priscilla e Zeca começaram a cantar o maravilhoso funk “A Larica dos Moleques” ao som de "Lucy", o violão de Devana Babu. Apesar de ser um pouco tarde, a Marlisete, esposa de Edvair e mãe de Lana, ligou para a pizzaria de uma amiga comum e pediu para segurar o negócio aberto até a nossa chegada, no que foi prontamente atendida. E lá fomos nós. Comemos, bebemos, cantamos, farreamos e voltamos para nossas casas. Dormimos e acordamos pela manhã, porém não muito cedo, que nós somos boêmios da noite. Mas o Zeca acordou com dores na barriga e acabou no banheiro em situação nada agradável. A situação foi piorando ao ponto de irmos ao posto de saúde local, onde para variar não tinha pediatra. Fomos ao postinho médico do nosso bairro, onde ele foi atendido pelo médico de plantão que, pasmem!, diagnosticou apendicite, mas como não é pediatra recomendou levá-lo com urgência ao HMIB, o Hospital Materno-Infantil de Brasília, o que fizemos de pronto, na companhia de Edvair, que nos levou. Chegamos às 15h no hospital. Chegando lá o de praxe: ficha, senha, espera, chamada... Fizeram ecografia, depois exame de sangue e o pediatra mandou-nos de volta, pelas 18h, para casa, para o Zeca ficar em observação. Buscopan, antiinflamatório, cara feia, etc. Zeca dormiu até bem, mas, pela manhã, mais dores e aí mamãe para lá, aí mamãe para cá. Pelas 14h, chama-se o Edvair e vamos de novo ao hospital. Mais exame de sangue acompanhado de radiografia e a única preocupação do Zeca era o jogo do Brasil. Se ia ficar internado precisava de uma televisão. Se não ia, que hora voltaríamos para casa. Por fim assistimos ao jogo no saguão do hospital, eu, ele e Edvair. Ele, claro, contestando a escalação de Mano Menezes e detonando o Fred, jogador do Fluminense, por eu e Edvair sermos tricolores. Chamam-no de volta depois dos exames prontos. Juntam-se três pediatras em discussão sobre o caso. Chamam mais um cirurgião para a discussão. Veredicto final: apendicite e cirurgia! Já! "Já" quer dizer umas duas horas depois. Sem água e sem comida. Metem-lhe o soro na veia. Aparece o anestesista. Se lascou, o cara era tricolor e lançou a pergunta: "O senhor tem mais algum problema além de ser flamenguista"? "Como assim", pergunta Zeca. E o anestesista responde: "É que eu costumo dar uma dose bem pequena de anestesia aos flamenguistas" (Rá, rá, rá!). Bom, para sorte do Zeca o cirurgião era flamenguista. Meia-hora depois de entrar na sala de cirurgia e com um furo de dois centímetros na barriga, Zeca foi para a enfermaria e meio acordado, meio dormindo reclamou com a mãe: "Você me enganou... Snif... Disse que não ia doer nada... Snif... Mas doeu... Snif...".

Agora é meio-dia do dia seguinte e estamos saindo para visitá-lo.

Devo dizer que o bicho é sujeito-homem. Não amarelou em nenhum momento. Mas como dizem que o poeta é um fingidor...

Revisão: Daniel

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