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Pantomima, Patuscada e Atos Secretos Encalheirados pela Liturgia do Cargo

Dizem que o estado do Maranhão está para Sarney assim como a Líbia para o Kadafi, a Bahia pros ACMs, o Irã pros Aiatolás (nada a ver com “baitolás”) e agora, na America do Sul, a Venezuela para o Chavez, não aquele besta mexicano, mas o outro, que também é besta. Só que... Bem, deixa pra lá. Mas falando do Sarney, dizem que lá ele é nome de praça, de rua, de ponte, que tem uma estátua na entrada e na saída do estado, isso eu não sei como, porque dizem que o estado só tem uma entrada, que em consequência também é a saída. Que fique bem claro, estou passando a informação como me foi passada, por que eu nunca fui ao Maranhão, e, apesar de ter muitos amigos maranhenses, lá eu devo ser uma persona non grata. Dizem que uma vez, colocando os pés em solo maranhense, os bruxos do Codó se apossam automaticamente do seu pensamento, e tendo eu pensado o que penso do ilustríssimo filho de um Sarney, que é o Sarney, penso que a minha presença lá é indesejada. Se bem que já foi oficializado secretamente, em atos secretos do Senado, e depois expressado valentemente pelo deputado Sergio Moraes, o defensor do construtor de castelos, que Sarney e os demais 80 ocupantes do nosso grandioso Senado se lixam para o que pensa o povo, mas mesmo assim, eu, um humilde integrante do povo, temo que indo até lá e passando sob o crivo telepático dos magos do Codó a serviço dos Josés do Sarney (dizem que ele não autoriza um único ato secreto antes de consultá-los) eles, os Sarneys, resolvam lixar as calçadas de paralelepípedos de uma das avenidas Sarneys com o meu couro de quilombola. Eu me lembro, como se fosse hoje (era assim que minha avó - que Deus a tenha - começava uma narrativa), da indignação do Sarney quando, Presidente da República, ao se sentir ofendido pelo Fernando Collor (o pioneiro do impeachment e agora senador). Diante das câmeras, ele lustrou o bigode, estufou o peito e passou esta reprimenda via mídia para o Collor: “Rapaz, se você almeja o cargo, demonstre algum respeito pela liturgia do mesmo”. O Collor não tomou o conselho ao pé da letra e tentou fazer do País uma "República das Alagoas" em parceria com o PC Farias e por outros que reinam pelo Senado)mas à revelia das lideranças dos atos secretos. Resultado: foi banido do cargo. Ficou uns dias de molho e voltou nos braços do povo alagoano. Quero aqui isentar os eleitores da Heloisa Helena pelo resultado desse triste escrutínio. Hoje, nós temos um Senado composto por um PMDB, que já foi MDB, que perdeu a identidade após a honrosa partida do grande Ulysses Guimarães e por uns democratas que já foram PFL, PDS e ARENA, que a velha guarda sabe o que significava. Temos também o PP que já foi PPB e PPR que também é dissidência do velho PDS. PMDB que gerou PSDB que junto, ao lado, por cima ou por baixo de outras siglas políticas, PSTU, PSL, PSC, PT, entre outros, formam o nosso grandioso Senado. Senado esse que fala em reforma política, em criação de uma nova consciência, em renovação. Mas a única grande renovação foi a recondução ao poder do senhor senador José Ribamar de Araújo, o José do Sarney, que é o nome do seu ilustríssimo pai a quem eu isento de todas os desmandos que ele cometeu e que vai certamente cometer, renovação essa que colocou na presidência do Senado um político oriundo da velha ARENA (ALIANÇA RENOVADORA NACIONAL) de um regime que já utilizou de recursos imediatamente secretos como salas de torturas, assassinatos e expulsão do País de pessoas que a eles se opunham. Esse é o nosso Senado, onde os atos corporativistas continuam secretos. Já a grande desfaçatez, a enorme cara de pau da maioria dos políticos que o compõem, continua por demais explícita.

*Edvair Ribeiro é um exímio literato. Quando não está escrevendo artigos, gosta de assistir ao programa do Chaves, não o besta, o outro mais besta, do barril.


d.b.;co-editor pentelho e fã de Chaves.

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