No ano quatrocentos e setenta a.C, nasceu em Atenas, Grécia, um homem chamado Sócrates. Dois mil e quatrocentos e treze anos depois, nasceu no Brasil um outro dos muitos Sócrates que o mundo conheceu e conhecerá, que veio com um missão quase similar a do grego. O primeiro veio com a missão de levar conhecimento para a população. Ele, promoveu debates em praças públicas, contestou costumes, incitou e povo a pensar dando inicio ao movimento contracultural que veio ser reconhecido partir do século XX no início dos anos 60 (e que o Supernova teima em dar continuidade no século XXI). Provocou poderosos, foi acusado de subversão e condenado à morte por ingestão de veneno (cicuta).

E no auge das ditaduras, e quando o mundo tremia com possibilidade de um entrevero atômico, quando os homens e mulheres que lideravam o mundo - Margareth Thatcher, Ronald Reagan, Yuri Andropov, Saddam, Kadafi, Menachem Begin, Hosni Mubarak, François Mitterrand, entre outros - se engalfinhavam em uma guerra de nervos sem fim, o Dr. Magrão Sócrates alcançava o auge do seu futebol e, do alto dos seus quase dois metros de altura, firmados em pés tamanho 36, ele encantava o mundo com seu estilo e técnica


E ainda fazendo analogia entre o Sócrates filósofo de Atenas e o Sócrates médico, jogador e, por que não dizer, filósofo, o primeiro morreu por ingestão de cicuta por se recusar a negar suas ideias e o segundo morreu por se envenenar lentamente com uma versão moderna da cicuta chamada álcool, droga poderosa respaldada pelo estado e pela sociedade. Droga essa que, sob a égide das festas, da comemorações e dos folguedos, vicia, alicia e mata, e nem mesmo os seres chamados inteligentes, como era o caso do Dr. Magrão, às vezes não conseguem escapar dela.
O Magrão se despediu desse mundo no 03/12/11, na passagem sábado para domingo, as vésperas de um dia importante para a nação corintiana, que foi a decisão do Campeonato Brasileiro. Mesmo estando o estado alvinegro amargando a dor da perda do seu ídolo, pode amenizar o golpe com a conquista do titulo de campeão brasileiro. E não obstante o fato de ser eu um palmeirense e tricolor, admito, sem constrangimento, que o titulo foi merecido. Salve o Dr. Sócrates, meia-direita da Seleção em 1982, a melhor que minha geração viu jogar, e salve o Corinthians!
Revisão: Daniel.
Revisão: Daniel.
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