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Banda Stuff - Sobre Minas e Diamantes



Depois de muito tempo sem novidades, surge na cena musical de São Sebastião, entre tantos outros, um novo diamante a ser lapidado, se é que isso é possível. Trata-se de uma banda formada por cinco "minas", digo, meninas, na faixa dos dezessete anos, oriundas dos quatro cantos da cidade, estudantes do Centrão e que, com composições próprias misturadas a covers de bandas de outras meninas um pouco mais famosas, vem se apresentando regularmente nos saraus e festas juvenis da cidade, com boa receptividade do público.

A última apresentação foi na festa de Halloween do colégio São Francisco, mais conhecido como “Chicão”. Apesar da concorrência com a festa eletrônica que acontecia no segundo ambiente, montado no auditório da escola, as meninas conseguiram atrair um bom número de ouvintes, a maioria formada por marmanjos, é claro, que além de apreciar o talento das meninas, apreciava também a beleza das mesmas, não perdendo tempo em tentar azará-las, quando os parentes das meninas permitiam, é claro, pois estavam presentes os pais, as mães, as tias, os primos, o cachorro, o papagaio, o hamster e o periquito, na maior torcida pelo sucesso das garotas.

E que garotas:

Penélope impressiona atrás do bumbo da bateria. Tem pegada. Tem estilo. Dona de um inconfundível talento e de um senso de humor brilhante, a menina empunha as baquetas como poucos bateristas da cidade. É a sensibilidade natural dos librianos. Chico Batera, a referência sansebastianense em termos de bateria, aprovou, de cara, a moça, que promete fazer fama no meio musical local. E promete mais! O Planalto Central ainda vai ouvir falar muito dessa moça. Ela não tem nada a ver com a Penélope Charmosa, e por isso mesmo é dona de um charme muito próprio no comando dos pedais da batera, ao invés dos pedais de um carro rosa. Além do mais, é a responsável pelos back vocals da banda, e o faz com segurança de profissional.

Priscilla Sena é a baixinha baixista. Tímida, trasmite equilíbrio à banda com seu jeito calmo, sereno e tranquilo. Como boa ariana, mostra-se espontânea nas apresentações. Dona de uma presença forte e quase neutra, parece estar ali mais como entidade do que como carne e osso, tamanha a serenidade com que empunha seu instrumento. Deve ser pura concentração debaixo dos caracóis dos seus cabelos. De família musical, além de tocar, canta e encanta. Aluna exemplar, foi várias vezes aluna destaque do Centrão. Além disso é  conhecida dos vários saraus realizados no Distrito Federal como atriz – premiada – e declamadora.

Amanda Tirelli é a maga dos teclados. Apesar da juventude, esbanja talento atrás do instrumento. Consegue ser mais meiga do que Priscilla Sena, porém menos tímida, é extremamente comunicativa. Compositora de mão cheia, é ela quem faz a letra da maior parte das músicas da banda, assim como, ao lado de Penélope, define rítmos e solos, com seus acordes espaciais e efeitos sonoros de deixar George Lucas boquiaberto (e quem não ficaria?). Com seu jeito manso, convence todas as outras a adotar suas idéias como se dela não fossem. E acabam fazendo exatamente o que ela quer. Afinal, ela também é taurina, mas isso também quer dizer que ela se agrada das coisas belas e boas da vida, tanto que ama as artes, principalmente a musical.

Priscilla Canto, como o próprio nome já sugere, é a vocalista da banda. O signo de câncer a fez emotiva, carinhosa e extremamente simpática. Extrovertida e simples, Priscilla é um encanto. Afinada, consegue chegar aos tons mais altos sem falsete. Pode te levar a dançar ao som de Lady Gaga e te fazer pensar com o som mais reflexivo da Pitty. Estilosa e fotogênica, adora brincar na frente das câmeras para depois postar em sua página de relacionamento. É uma popstar em gestação. Ainda vai cansar a mão de tanto dar autógrafos, mas sua simpatia não a deixará chateada com o assédio dos fãs.


Bia é a guitarrista da banda. Taurina da boa cepa, costuma ser prática, decidida e possui grande força de vontade, por isso mesmo faz jus ao signo, sendo a bandleader natural. Toca com estilo e garra. Mexe com a banda toda enquanto toca, posuda como uma metaleira batendo cabeça com os fartos cabelos negros e fazendo jogo de cena. Uma rockstar. Marrenta, não leva desaforo para casa, mas ao mesmo tempo escreve poemas e canções e, como ativista da causa cultural desde a infância, declama poesia e atua em esquetes teatrais pelos saraus da cidade, participa de festivais de música, pinta, borda e arremata.


Com um currículo e um começo destes, é quase certo o vôo que estas "minas", digo, garotas, irão executar rumo ao sucesso. O certo é que um diamante é sempre um diamante e esta jóia do cerrado que são as "minas", digo garotas, da Banda Stuff ainda vai brilhar muito por estas terras, afinal, elas tem estofo para isso e para muito mais.

P.S.: Agora só falta os caras do SuperNova convidarem as meninas para entrarem pro grupo. Afinal, tudo que brilha nesta cidade eles dizem que são do grupo deles, porque eles são a elite intelectual e não sei mais o quê. Espero que elas não aceitem só para ver a cara que eles vão fazer.

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