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E AGORA? Quem poderá nos defender? por Thaís Rodrigues com ilustração de Luiz Próton

Hoje o meu sorriso e os sorrisos de muitos transformaram-se em lágrimas.

Um grande amigo nos deixou.

Um amigo que estava no mesmo canal e na mesma hora todos os dias.

Roberto Gomes Bolaños nos deixou.

Ilustração de Luiz Próton do Movimento SuperNova
Pisciano como eu, escritor, ator, humorista, produtor e pensador que trouxe muitas alegrias aos corações brasileiros, através de seus personagens do programa Chaves del ocho, Bolaños partiu.

Antes de partir, porém, uniu a América Latina inteira com o seu grande personagem Chaves (Chespirito), o menino que encantou a todos os que o conheceram.

E eu só consigo me lembrar de todos os castigos que burlei para assisti-lo nem que fosse um pouquinho e alegrar um pouco mais o meu dia, vendo um programa que até podia ser repetido - tanto que conheço todas as suas falas - mas jamais deixarei de amar!

Bolaños nos encorajou com um grande herói medroso, Chapolin Colorado, que sempre fazia despertar o herói dentro de nós para que tentássemos resolver os nossos problemas, mesmo tendo medo.

Com suas brincadeiras e a sua simplicidade, nos deixou lições que nunca esqueceremos:
Que a criança dentro de nós jamais deve morrer.

Que depende de nós eternizar a nossa juventude sem esquecer da passagem do tempo pois "se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda,
amanhã velho será, velho será, velho será..."

Que devemos sempre lembrar que "a vingança nunca é plena. Mata a alma e envenena."

Coleção de bonecos da Thaís
Que quando algo estivesse muito chato "seria melhor ver o filme do Pelé."

Quando a gente se atrapalhasse fazendo algo bastava dizer que "foi sem querer querendo".

Que já que "ninguém tem paciência comigo" o melhor seria aceitar e dizer "tá bom, mas não se irrite" e nunca se esquecer que "as pessoas boas devem amar seus inimigos..."

Que quando alguém falasse alguma asneira tínhamos que repetir "ai que burro, dá zero pra ele."

Que quando algo fosse muito óbvio não podíamos esquecer de unir o indicador ao polegar exclamando "isso, isso, isso."

Que "já chegou o disco voador."

Que "é tudo culpa do professor linguiça!"

E sempre repetia: "Prefiro morrer do que perder a vida" já que “todos os meus movimentos são friamente calculados...”

***

E agora, quem poderá nos defender? 
Nós mesmos!

Chapolin nos ensinou que nós somos o nosso próprio herói!

Chespirito, você será eterno no meu coração.

Termino dizendo: "Boa noite meus amigos. Boa noite vizinhança. Prometemos despedirmos sem dizer adeus jamais"

Obrigada, Chaves. Obrigada, Chapolin. Obrigada, Bolaños!!!

Thaís Rodrigues

***

P.S. "Pipipipipipi"





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