Na noite de 30 de agosto, poetas e ativistas do Movimento
SuperNova estiveram na Bienal do B para prestigiar o evento e a apresentação de
Paulo Dagomé, convidado do coletivo para apresentar pílulas do seu trabalho
poético. Acompanhado de Nanda Pimenta e Devana Babu, Dagomé subiu ao palco do
Açougue T-Bone e, antes de declamar, lembrou da alegria ao receber o convite
para participar do evento. “Atravessamos a ponte com a alegria de termos sido
lembrados para um evento tão importante”, declarou.
No site do T-Bone encontramos a origem do evento e seu
estranho nome: “A Bienal do B surgiu quando a II BIP - Bienal Internacional de
Poesia foi cancelada pela Secretaria de Cultura do GDF. A não realização do
evento foi um constrangimento para o organizador que já tinha convidado grandes
nomes da poesia como Ernesto Cardenal, Oswaldo Montenegro, Augusto de Campos,
Ferreira Gullar, Rui Espinheira Filho, Marina Colasanti, Jorge Ariel Madrazo e
vários outros nomes da cidade. Nós, do Viva Arte resolvemos ir até o Antonio Miranda
e propor um solução alternativa que seria o "plano B". Aí então
surgiu o nome Bienal do B poesia e literatura na rua. Aceitando o convite,
partiu imediatamente para a organização do evento. A Bienal do B tornou-se um
sucesso e acontece anualmente em frente ao Açougue Cultural T-Bone”.
Apesar de ser o convidado para representar o Movimento
SuperNova na Bienal, quem roubou a cena foi Nanda Pimenta, que ofuscou os
‘experimentados’ Dagomé e Devana Babu e saiu ovacionada do palco com sua
performance sobre poema de sua autoria. Monstros sagrados da poesia brasiliense
como Nicholas Behr, Menezes e Moraes e Jorge Amâncio, saudaram-na efusivamente
como uma nova promessa da cena sarauzeira do DF.
Apesar disso o público aplaudiu entusiasticamente a
apresentação de Paulo Dagomé, que representou com galhardia a arte produzida na
cidade de São Sebastião.
A 3ª edição da Bienal do B, organizado pelo Açougue
Cultural T-Bone teve, neste ano, participação de artistas como Renato Matos,
Simone Guimarães, Clara Telles, Dialeto MCs, Eliab Lira, Afonso Gadelha e a banda
Oficia Blues, entre outros, bem como dos poetas Nicolas Behr (o homenageado
deste ano), Jorge Amâncio, Amneres Pereira, André Giusti, Vicente Sá, Dina
Brandão e Fabrizio Morelo e, claro, Paulo Dagomé, Edvair Ribeiro, Devana Babu e
Nanda Pimenta do Movimento SuperNova.
O evento durou quatro dias com debates, feira literária e
apresentações musicais intercaladas com os versos de mais de 100 poetas — cerca
de 25 por dia. Apesar de ter no nome “bienal”, o evento acontece anualmente
como uma forma de protesto. A idéia, segundo Luiz Amorim, organizador do encontro, é que a Bienal aconteça sempre no fim de agosto, para
garantir a tradição da data.
O objetivo é mostrar que Brasília tem uma poesia
universal, que tem um plano B, mesmo sem apoio do governo, declara Luiz Amorim.
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