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Individuo & coletivo

 


Como indivíduo sou apenas mais um
No coletivo estou acompanhado
E sob a influência das variedades
Das companhias, invariavelmente
Me esvazio da minha vida vazia.
Como individuo sou abstrato,
No coletivo sou fato concreto .
Como individuo minha voz
Não importa o tom, o volume,
Pode ser apenas um sussurro.
No coletivo o meu sussurro
Pode ter o efeito de um grito.
Como individuo posso ser no íntimo
O pouco mesquinho e egoísta,
Mas no coletivo devo ser sociável
Cortez, amigável, um altruísta.
Como individuo posso me dar o luxo,
Mesmo que absurdo, de querer ser
Prepotente e auto-suficiente.
No coletivo meu raciocínio deve ser  peneirado
Somado com outros pensamentos,
Para auxiliar no melhoramento,
Mesmo que lento, do meu espaço social.
No meu individualismo eu posso alimentar
Os demônios da mediocridade, da inveja
Da indecência, da hipocrisia, do medo
Da intolerância, da arrogância e da preguiça.
Já dentro da coletividade e respirando
Os ares da diversidade eu tenho que
Por força natural de assimilação exorcizar
Estes e os demais demônios e me tornar
A partir do que há de melhor em cada membro,
Em cada individuo que forma o corpo maciço do coletivo
Num ser lapidado, pois esse é o propósito da aglomeração
De pessoas sensatas dentro de um processo idealista.
O auto-crescimento em beneficio da coletividade,
Renunciando a mediocridade e a maledicência
E isso como bem citou Julio “Sabidus” Cesar
Independente da fé ou ausência dela nos marca
Como seres humanos e em conseqüência
Seres capazes de exprimir amor
E por falar em amor, feliz Natal para todos vocês!



Edvair Ribeiro em 23/12/2011



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